Um vídeo comovente e perturbador, divulgado pelo grupo terrorista Hamas nesta sexta-feira (2), revelou a situação desumana do jovem israelense Evyatar David, de 24 anos, mantido refém há quase dois anos em um túnel subterrâneo da Faixa de Gaza. Com o corpo visivelmente debilitado, sem camisa e segurando uma lata de feijão que, segundo ele, serviria como ração para dois dias, Evyatar declarou: “Acho que este é o túmulo em que serei enterrado. O tempo está se esgotando”.
Evyatar foi sequestrado em 7 de outubro de 2023, durante o Festival de Música Nova, no sul de Israel, quando ainda tinha 22 anos. O vídeo, autorizado para divulgação por sua família, mostra o jovem riscando os dias em um calendário improvisado, como se aguardasse em contagem regressiva sua morte. Em outro momento, ele aparece cavando sua própria cova, dizendo não comer há dias.
A família expressou profunda dor: “Fomos forçados a testemunhar nosso amado filho e irmão, Evyatar David, deliberada e cinicamente morto de fome nos túneis do Hamas — um esqueleto vivo, enterrado vivo”. A declaração ecoa como um clamor por justiça diante de um ato de crueldade que expõe a face sombria do extremismo islâmico. Em tempos em que se relativiza o terrorismo sob o manto do “direito de resistência”, imagens como essa mostram que estamos lidando com servos do mal, que desprezam o valor da vida.
O vídeo termina com a frase: “Eles comem o que nós comemos. Eles bebem o que nós bebemos”, em uma tentativa propagandista de igualar a condição dos reféns à dos civis palestinos. Contudo, especialistas denunciam que a fome tem sido usada como arma tanto contra israelenses quanto contra o próprio povo palestino — estratégia de manipulação típica de regimes totalitários.
Milhares foram às ruas de Tel Aviv no sábado, 3, clamando pela libertação dos reféns. O irmão de Evyatar, Ilay David, dirigiu um apelo ao ex-presidente americano Donald Trump, pedindo intervenção. “Ficar em silêncio é ser cúmplice”, afirmou. A indignação popular revela que ainda existem vozes que não se conformam com a injustiça e não aceitam o silêncio cúmplice das nações.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu conversou com familiares de Evyatar e de outro refém, Rom Braslavski, também mostrado em vídeo recentemente, visivelmente debilitado. As autoridades israelenses informam que ao menos 49 reféns ainda estão sob o poder do Hamas e de grupos aliados, sendo que 27 deles podem já estar mortos.
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, afirmou que os norte-americanos exigem um acordo “completo” para a libertação dos reféns, rechaçando soluções parciais.
Ex-reféns também têm relatado as condições subumanas dos túneis. Omer Wenkert, que esteve cativo com Evyatar por 250 dias, disse que os túneis “eram prisões vazias”. Outro ex-refém, Tal Shoham, relatou que os sequestradores filmavam os cativos constantemente e ameaçavam detonar explosivos se houvesse tentativa de resgate.
Diante desse cenário, cristãos do mundo inteiro devem se posicionar com oração, intercessão e ação. O clamor de inocentes como Evyatar nos lembra do Salmo 10:17-18: “Ó Senhor, tu ouves a súplica dos necessitados; tu os encorajas e atendes ao seu clamor, defendes o órfão e o oprimido, para que o homem, que é da terra, jamais inspire terror.”